Pesquisadores da Fiocruz de Pernambuco confirmaram nesta quinta-feira
(26) a presença do vírus zika em pacientes diagnosticados com síndrome de Guillain-Barré,
doença neurológica rara e paralisante cujo aumento recente de casos também tem
intrigado especialistas.
Esses resultados acende um alerta sobre o alto risco de
complicações graves associadas à infecção pelo zika vírus. O vírus transmitido
pelo mosquito Aedes aegypti, era considerando de menor perigo e de efeitos mais
brandos. Até o mosquito passar por uma mutação ficando, assim, mais forte, resistente
e difícil de ser combatido apenas com inseticidas.
Além da síndrome de Guillain-Barré, hoje, o país enfrenta um surto
de casos de recém-nascidos com microcefalia. Em Pernambuco, foram colhidas
amostras de sangue e de líquido da medula de oito pacientes atendidos no
Hospital da Restauração, em Recife, hospital referência no tratamento de
doenças neurológicas.
Todos os pacientes relataram manchas vermelhas e dores no
corpo, sintomas característicos do zika, dias antes de terem o quadro agravando
por outras complicações. Desses, seis receberam o diagnostico de
Guillain-Barré.
Diante do crescimento incomum, à atual situação chamou a
atenção da neurologista Maria Lúcia Brito Ferreira, que estranhou o crescimento
de casos da síndrome e encaminhou as amostras à Fiocruz. “No ano passado, tive 14 casos no hospital. Só até julho, já eram 40”,
relata.
As secretarias de Saúde estaduais passaram a contabilizar os
casos suspeitos, só em Pernambuco, são 127 em investigação. Na Bahia, 64 já
foram confirmados, e outros 75 ainda dependem de exames. Também há casos
suspeitos na Paraíba e no Maranhão, porém sem números oficiais.
O Ministério da Saúde diz que as investigações sobre a
possível relação entre o zika vírus e complicações da Guillain-Barré continuam.
Leia mais:
Teste reforça ligação entre zika e microcefalia .
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